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IgG ou IgM? Quantidade de anticorpos não revela imunidade contra Covid-19, alerta infectologista

Testes quantitativos sobre anticorpos contra a Covid-19 se tornaram comuns desde o início da pandemia – que teve os primeiros casos diagnosticados no Brasil em 2020. Assim, a preocupação em relação ao contágio fez com que muitas pessoas realizassem exames sorológicos a fim de analisar o grau de defesa do organismo contra a doença.

No entanto, para a surpresa de muitos, esses exames não garantem existência de imunidade, conforme revela ao Jornal Midiamax a infectologista Silvia Uehara.

A especialista observa que o IgG e IgM indicam se pessoa esteve em contato com o vírus Sars-Cov-2, mas não apontam o grau de exposição. Segundo ela, não basta saber a quantidade de anticorpos produzidos após o contágio, é necessário avaliar outros fatores que são determinantes.

“Os testes vão mostrar se a pessoa já entrou em contato com o vírus. Mas, não são capazes de dizer se está protegida. Só a informação de nível de anticorpos altos não vai revelar se a pessoa está totalmente protegida contra Covid-19. Eles dizem a unidade de proteção, mas se a pessoa tiver outra imunodeficiência, vai ter tanto risco ao se infectar como uma pessoa que está com anticorpos baixos”, explica.

Infectologista defende que apenas vacinação garante imunidade contra Covi-19 (Foto Ana Laura Menegat, Midiamax)

Além das comorbidades que podem interferir no grau de exposição à Covid-19, a infectologista ressalta que pessoas idosas perdem mais proteínas em um espaço de tempo menor que uma pessoa mais jovem e saudável e isso faz com o que a quantidade de anticorpos também seja reduzida rapidamente.

“Estudos muito bem feitos mostram que pessoas idosas perdem proteína na urina e junto dela vão os anticorpos. Isso acontece entre seis meses e um ano – e esse é outro fator importante e que não é apontado nesses testes”, destaca.

Por não haver indicação de dosagem desses testes, eles não são disponibilizados na rede pública de saúde. Conforme pesquisa realizada pelo Jornal Midiamax, nos laboratórios, em Campo Grande, o valor do exame do IgM varia entre R$ 140 a R$ 160. Caso seja pedido o IgG e IgM o preço salta para R$ 450. O resultado é disponibilizado entre 12 e 15 dias úteis, dependendo do laboratório.

Vacinação

Para a infectologista, o que realmente garante imunidade é a vacinação. “O indicado e que vai ter resultado é vacinação para todas as pessoas em que haja liberação de vacinação para provocar imunidade em massa e diminuir a circulação viral. Assim, mesmo que esteja com imunidade mais baixa, se todos em torno dela estiveram vacinados, o vírus não consegue infectar pessoas de forma a torná-las transmissoras e a gente consegue barrar a proliferação”, defende.

Em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) realiza plantões de vacinação contra Covid-19 para pessoas com 5 anos ou mais pertencentes a grupos prioritários que receberam a última dose anual há pelo menos 6 meses.

Fazem parte do grupo prioritário: gestantes, puerpérios, imunocomprometidos, pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, indígenas, quilombolas, trabalhadores da saúde, pessoas vivendo em instituições de longa permanência, pessoas em situação de rua, servidores do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade.

Fonte: Midiamax

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